segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Para uma avenca partindo...

"Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas um projeção daquilo que eu queria ver em você, e, se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre, no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?


(Caio Fernando Abreu)

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