segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

SONETO LXXXVIII

Quando me tratas mau e, desprezado,
Sinto que o meu valor vês com desdém,
Lutando contra mim, fico a teu lado
E, inda perjuro, provo que és um bem.
Conhecendo melhor meus próprios erros,
A te apoiar te ponho a par da história
De ocultas faltas, onde estou enfermo;
Então, ao me perder, tens toda a glória.
Mas lucro também tiro desse ofício:
Curvando sobre ti amor tamanho,
Mal que me faço me traz benefício,
Pois o que ganhas duas vezes ganho.
Assim é o meu amor e a ti o reporto:
Por ti todas as culpas eu suporto.


William Shakespeare


P.S.: Fui presenteada com esse belo soneto em um comentário de uma grande amiga. Presente tão lindo que não poderia deixá-lo escondido. Obrigada Sú!

3 comentários:

Anônimo disse...

Estou encantado com você Dra. Repolha. Um misto de menina mulher, serelepe e apaixonada, confusa e sonhadora, doce e explosiva. Além de linda em todos os sentidos.

Esteja certa de que este mais novo admirador voltará aqui sempre!

Anônimo disse...

Como poderíamos dizer?!?!?
Já temos assunto em pauta para a próxima Sala de Justiça. RSRS

Poeticamente comento:
"Essa menina
é de ouro
Encantado!"

Acaso

Fernanda Watzko disse...

Opa!!
Eis que surge mais um admirador... e esse agora é "Encantado". Será o tal príncipe???

Seja bem-vindo! E volte sempre!