Dona Repolha e seus amores

Hoje enquanto eu corria na praia, recordei alguns dos meus desamores. E pensei que isso dava um post. Vou contar-lhes um pouco da minha trajetória frustrada em busca do verdadeiro amor. Tudo começou em 1989. meu primeiro amor (ou paixonite) era um menino magricela, branquinho e que usava óculos. A paixonite secreta (é claro) durou até a 4ª série do primário. Troquei de colégio, e no ginásio, a segunda paixonite foi por um burro, calma que explico, eu fazia parte de um grupo de teatro, estávamos ensaiando "O Rapto das Cebolinhas" e esse menino fazia o papel de um burro. E aí veio o primeiro balde de água fria gelada. Uma amiga descobriu e foi contar pra ele. “Quem? Aquela gorda? Hahaha” Aquelas palavras ecoaram nos meus ouvidos por muito tempo Foi aí que aprendi que os meninos podem ser muito cruéis e burros também. Logo depois, me vi gostando do meu melhor amigo. E dessa vez fui bem sucedida, porque finalmente era correspondida. Certa vez lembro de ter ganhado um bilhetinho dele, mas éramos apenas amigos. Naquela época eu devia ter 12 ou 13 anos e muitas das minhas amigas já estavam ficando, mas entre nós não teve beijo, pegação ou qualquer coisa do gênero, eu e ele gostávamos de ficar juntos, de brincar, jogar baralho, conversar e só. Na sétima série, com 14 anos, chegou um menino novo na escola. Além de lindo era também escoteiro. Todas as meninas se apaixonaram, até as mais velhas e inclusive eu. E foi aí que comecei a sentir de verdade o que é sofrer por amor. Ele ficou com todas as minhas amigas, menos comigo. Tudo bem, eu sei que nessa idade eu não era lá muito atraente, era gordinha, tímida e cheia de espinhas. Mas doía demais. O máximo que consegui foi dançar uma música lenta com ele. Fui ao céu e voltei umas quinhentas vezes. No ano seguinte, outro aluno novo, um moreno lindo, gaúcho e gremista, nessa época eu ia completar 15 anos, e ainda era BV (boca virgem). Aliás na minha festa de 15 anos, eu ansiosa esperando ele aparecer, e ele apareceu, só que bêbado. Passou mal na minha casa e foi embora. A raiva foi tanta que logo esqueci ele. No segundo grau, com 16 anos, me apaixonei por dois meninos, quase que simultâneamente. Primeiro um que tinha o apelido de Padreco, e o outro, bom, não tinha apelido, e nem sei ao certo como me referir à ele (não quero colocar nomes aqui...rs) mas era amigo do tal Padreco... Não fui bem sucedida com nenhum deles. Havia a suspeita de que o Padreco gostava de mim, porém nunca rolou nada, o menino era devagar. Finalmente acabou o inferno colégio. Meu coração tirou férias até meus 20 anos. Quando conheci o meu primeiro namorado. Ah! Antes disso aos 18 anos (isso mesmo, aos 18 anos apenas) teve o episódio do primeiro, horroroso e forçado beijo, que eu odiei (deu pra notar?). Mas isto é assunto para outro post. Voltando ao primeiro namorado. Fiquei com ele por acaso. Depois fiquei de novo. E de novo. E de novo. Não gostava dele, mas ele não largava do meu pé. Ele tanto insistiu que começamos a namorar. Namorei quase dois anos. Levei meu primeiro e único galho até hoje, e terminamos. Ai como eu sofri! Os sofrimentos anteriores não haviam chegado nem perto desse. E pensar que eu não queria nada com ele no início, e no final estava eu cega e louca de amor. Mas depois deste acontecimento, é que minha vida realmente começou a movimentar.  Apartir dos meus 22 anos eu desabrochei. Emagreci mais e apareci. Fiquei bonitona mesmo, com a estima lá no alto. Engraçado nessa época foi ver alguns dos meninos do passado me vendo com outros olhos e eu bem no estilo Kelly Key “Baba baby, baba”. Foi então que homens interessantes, babacas (sempre tem né?) e encantadores  começaram a aparecer na minha vida. Mas este é outro assunto, que aliás já rendeu muitas postagens interessantes por aqui.